Conseguir uma casa que atenda todas as necessidades do inquilino não é uma tarefa fácil. Mas pode ser bem menos complicado do que a maioria das pessoas acham. Para sair em busca do seu novo lar, é importante estar preparado. Hoje, as nossas dicas são voltadas para aqueles que estão pensando em se mudar e não querem passar por estresse desnecessário. Além disso, existem caminhos para encurtar o tempo gasto nessa jornada. O nosso texto de hoje é para você entender melhor como alugar uma casa através de agências no Reino Unido.
Mercado Imobiliário
A Maioria dos imóveis do Reino Unido disponíveis em endereços eletrônicos só são alugadas através de uma agência. O que acaba sendo uma garantia de segurança, tanto para o inquilino, quanto para o proprietário.
No período de julho até o início de setembro o mercado imobiliário fica mais agitado. As férias acabam impulsionando as mudanças, além do que é um momento que muitos graduados e graduandos estão se mudando para novos empregos. Em compensação, no período natalino poucas pessoas se mudam. Por isso, o final do ano é a melhor época para conseguir uma boa oferta com as imobiliárias.
Shorthold (AST)
No Reino Unido, a forma mais comum de locação é uma “Assured shorthold tenancies”. Esse tipo de negócio é conhecido popularmente como “AST”. O trato se baseia em algumas normas específicas que ambas as partes precisam estar cientes para que o trato seja cumprido.Quase todas as propriedades alugadas depois de 15 de janeiro de 1989 se encaixam no perfil. Claro que existem exceções, por exemplo, se o aluguel for menos do que 250 libras anuais ou mais do que cem mil libras por ano. Então, normalmente seu aluguel deve seguir as normas das ASTs.
Prepare o seu perfil de apresentação
Ao chegar na agência, seja específico. Isso vale tanto para o quanto você pode pagar ou para o tipo de imóvel que você está buscando, por exemplo. Outro ponto que pode interferir na busca pela casa ideal é se você está vindo sozinho ou com a família. Além disso, fale sobre a sua profissão, ou suas pretensões por aqui.
Background check
As agências vão analisar seus dados. O principal deles é se você tem condições de pagar pelo imóvel, geralmente pedem uma renda de três vezes o valor do aluguel. Se você não conta com uma renda fixa, eles podem pedir um número de depósitos adiantados, que pode ser até os primeiros seis meses de estadia. Para a conferência de informações, as imobiliárias vão pedir o seu visto de trabalho e o passaporte. Essa é a forma de saber se você está no país legalmente. Além disso, elas podem pedir o seu contrato de trabalho e os dados do seu empregador.
Não são todas, mas não é incomum você ter que apresentar uma garantia de aluguel, através de um fiador. Por isso, se você conhecer alguém que mora no Reino Unido veja se a pessoa pode te ajudar. Existe também a possibilidade de contar com o auxílio do programa Shelter. A plataforma funciona como programa de habitação social que pode te ajudar no processo, sendo o seu fiador.
Para fazer o Background check as agências cobram um valor, que não é reembolsado. O preço varia muito, mas pode separar algo em torno de 100 libras para esse processo.
Contrato
Se você conseguir comprovar a renda, no processo de assinatura de contrato geralmente é cobrado um mês de aluguel. Esse valor pode ser devolvido para você no final do contrato, mas vai depender do estado que o imóvel estiver quando for devolvê-lo. Isso porque, antes de você deixar a sua antiga moradia, a agência vai conferir e avaliar o estado atual do imóvel. Caso precise de alguma reforma, o dinheiro que você usou para garantir o contrato será usado.
O contrato pode ser de 6 meses a 7 anos, tudo vai depender de seu acordo com a imobiliária.
Corra atrás
Por aqui, a concorrência é grande. Os agentes sabem que se você não alugar outras pessoas podem fechar o negócio. Então, não esperem por ligações ou aquelas famosas insistências brasileiras. Se você não correr atrás, eles também não vão te procurar. Logo, se você gostou do imóvel, veja com eles se há a possibilidade de esperar por sua reposta por 24 horas, por exemplo. Em alguns casos, as agências cobram uma taxa de reserva, mas só pague se realmente estiver muito interessado e se estiver garantia que as imobiliárias vão esperar. Lembre-se em todo lugar existem pessoas que agem desonestamente.
Seja ágil, mas mantenha cautela
Não se afobe com a pressão do tempo. Por mais importante que seja você ser ágil, não deixe de tomar cuidados como tirar tempo para ler documentos e contratos com cuidado e assim evitar surpresas desagradavéis. Entenda todas as condições que você está entrando. Por isso, leia todos os papéis que você vai assinar atentamente e se for o caso, peça ajuda na tradução. Para te ajudar, aqui você encontra vários termos e jargões usados em contratos que você não está familiarizado.
Modificações no prazo do contrato
Se o contrato acabou e você quiser continuar morando no local, você pode assinar um novo contrato. O valor do aluguel pode permanecer ou aumentar, a tendência é que ocorram aumentos gradativos, mas nada te impede de tentar negociar os valores. Agora,se por algum motivo você se precisar mudar antes do prazo estipulado no contrato, avise previamente para não precisar pagar aluguel mesmo depois de já ter saído do local. É importante verificar se existe cláusula de rescisão no contrato. Caso o contrato ainda esteja em vigência e o locador pedir o imóvel, você tem que ser avisado com a antecedência de dois meses.
Folheto How to Rent
Desde 2014, o governo do UK produz um folheto com orientações para o processo de aluguel. Pelo documento é possível conhecer os seus direitos, e é claro os deveres. Além disso, eles disponibilizam vários endereços para você consultar as regras e recorrer se caso as coisas não derem certo. Inclusive as imobiliárias devem entregar esse folheto junto com os outros documentos.
Essas são as nossas informações de hoje. Que você consiga fazer uma ótima mudança, e não esqueça de nos contar nos comentários como foi o seu processo em “novos ares”. Se ficou alguma dúvida, comente aqui que tentaremos ajudar. Ah, e uma última informação: viver por aqui compensa!